CGTP comemora<br> Dia Internacional da Mulher

Sob o lema «Andar para trás, não! É hora da igualdade», a CGTP assinalou no sábado o Dia Internacional da Mulher, com iniciativas em todos os distritos do País.

Na Praça da Figueira, em Lisboa, várias mulheres vítimas de discriminação falaram sobre as suas experiências, casos representativos da desigualdade social de que as portuguesas são alvo no dia-a-dia.

Na ocasião, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, criticou a atitude «conservadora» do ministro da Trabalho, Bagão Félix, sobre o papel da mulher, afirmando que «dele as mulheres não podem esperar contributos positivos».

Durante a sua intervenção, aplaudida por mais de uma centena de pessoas, o sindicalista não deixou de comentar as recentes declarações de Bagão Félix quando este considerou que as falências de algumas empresas em Portugal podem ter «carácter profiláctico». Rejeitando claramente a postura do ministro do Trabalho, Carvalho da Silva preferiu falar no papel do Governo, acusando-o de não dar resposta ao problema, tal como não dá aos despedimentos que daí advêm. A iniciativa terminou com uma marcha simbólica, que percorreu algumas ruas da baixa pombalina.

No dia anterior, a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública promoveu, no Terreiro do Paço, também em Lisboa, um Plenário Nacional para repudiar as medidas previstas na Lei de Bases da Família, nomeadamente as que considera discriminatórias das mulheres.

Num documento aprovado durante o encontro, os sindicatos apontaram, igualmente, o dedo à Lei de Bases da Segurança Social, em vigor desde Janeiro, considerando que os regulamentos aumentam a precariedade do emprego e admitem «situações de discriminação», nomeadamente o facto de a lei permitir alargar a jornada de trabalho «até às 12 horas diárias por dia e a 60 horas por semana a mães e pais de crianças» e «interferir com o direito a férias».

Conceder ao patrão a possibilidade de este impedir o acesso ao emprego de mulheres grávidas, «quando particulares exigências inerentes à natureza da actividade profissional o justifiquem», foi outra, entre muitas, das medidas repudiadas pelos sindicatos da administração pública.


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